Exclusivo: entrevista com brasileiro Raffael, ídolo do Borussia Mönchengladbach

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Raffael Caetano de Araújo, 33, é natural de Fortaleza-CE e defende o Borussia Mönchengladbach desde 2013 – onde rapidamente alcançou a idolatria da torcida com grandes atuações e colecionando excelentes números com a camisa dos Foals.

Apesar de toda história com Favre, Raffael teve seu melhor desempenho com a camisa dos Potros na atual temporada, sob o comando de André Schubert, anotando 15 gols e 13 assistências em 39 partidas, marca que ficou próxima de superar um dos maiores ídolos do Gladbach, Netzer. Excelente tecnicamente, com bom controle de bola e uma visão clínica para assistências foram as características citadas pelo site oficial do Borussia Mönchengladbach para o brasileiro Raffael. Schubert, antigo comandante dos Potros, afirmou diversas vezes que sempre hesitava em substituir Raffael porque o brasileiro sempre pode produzir algo extraordinário para o time, devido a sua enorme capacidade técnica.

Até o momento, o brasileiro, carinhosamente chamado de maestro, possui incríveis 71 gols e 34 assistências com a camisa do Borussia Mönchengladbach em 184 aparições, figurando entre os maiores artilheiros da história do clube – é o 11º na lista geral do clube.

Em entrevista exclusiva (Q & A, questions & answers – perguntas e respostas), Raffael falou sobre diversos momentos com a camisa dos Foals durante toda sua trajetória em Mönchengladbach:

Q: Você está desde 2013 no Borussia Mönchengladbach, sempre sendo peça chave da equipe, como foi essa adaptação a Mönchengladbach? Também é incrível como você alcançou rapidamente a idolatria da torcida, como se sente quanto a isso?

A: A adaptação foi tranquila e todos no clube me receberam muito bem, o que ajudou nesse fator (da idolatria). Ter o carinho dessa torcida me deixa muito feliz e motivado a dar mais alegria a eles.

Q: Lucien Favre trabalhou com você em três oportunidades – Zürich, Hertha e Gladbach – qual foi a influência dele em sua transferência para os Potros e em sua carreira?

A: É até engraçada essa história, Favre teve influência em todas minhas transferências, Zürich, Hertha e Gladbach e o considero uma pessoa muito importante em minha carreira.

Q: Apesar de já ter trabalhado por seis temporadas com Favre, foi com Schubert (15 gols e 13 assistências em 39 partidas) que você alcançou sua melhor temporada em números e provavelmente nas atuações pelo clube, o que você considera que tenha sido fundamental para isso?

A: Acredito que foi um conjunto. Schubert chegou em um momento complicado da equipe, deu ânimo e tínhamos um excelente time com jogadores de qualidade, nos unimos e no final deu tudo certo (classificação à Uefa Champions League).

Q: As torcidas alemãs são extremamente fanáticas e não param de apoiar, qual foi a que mais impressionou até aqui e por quê?

A: Joguei em três equipes aqui e posso dizer que a torcida do Gladbach tem algo especial – quando as coisas não estão bem eles ficam o tempo todo apoiando e isso chama muito minha atenção.

Q: Seu contrato com o Gladbach está se encerrando, mas, segundo a imprensa, há um acordo iminente de renovação por mais um ano. Você pretende se aposentar no clube ou almeja um retorno ao Brasil (jogar pelo Ceará ou alguma outra equipe)?

A: Meu desejo é renovar com o Gladbach, se vou encerrar a carreira por aqui ainda não sei, mas se voltasse pro Brasil gostaria muito de jogar pelo time que torço.

Q: Você é o 11º maior goleador da história do clube com 71 gols, apenas dois atrás de Ulrich Kohn, com 73. Qual é o sentimento de estar próximo do Top-10 de um clube tão tradicional como o Gladbach, estando ao lado de figuras como Allan Simonsen, Günter Netzer e Jupp Heynckes?

A: Fiquei surpreso quando me falaram isso, até porque não olho muito os números, mas estar na lista de maiores goleadores de uma equipe como Gladbach, que teve excelentes jogadores, me alegra muito.

Q: Raffa, você finalmente havia conseguido se livrar de um problema chato na panturrilha, mas acabou sofrendo uma lesão na clavícula. A temporada está na metade final, como está a recuperação e quais seus objetivos pra essa reta final?

A: Verdade. As lesões estão me perseguindo ultimamente, mas faz parte. Estou na parte final da minha recuperação na clavícula e logo espero estar apto a ajudar meus companheiros nos jogos.

Raffael está em fase final de recuperação de uma lesão e deve retornar aos gramados em breve para a parte final da temporada e ajudar o Borussia Mönchengladbach a assegurar o retorno à Uefa Champions League. O contrato do meia-atacante também deve ser renovado até a Páscoa, como adiantou o diretor esportivo Max Eberl.

Agradeço imensamente o carinho do Raffael, que foi muito solicito no pedido pela entrevista – este que é o auge desse trabalho (Gladbach Brasil) ao longo de todos esses anos, ao entrevistar um grande ídolo do clube. Danke, Raffa.

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